segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Poeta morto faz cócegas


Pressinto os esbaforidos focinhos
dos cães que buscam, incessantes,
as marcas dos proscritos errantes,
farejando todos os becos vizinhos!

Veemente perseguição do rapace
na ânsia de caçar a querida presa,
para os nobres devorarem à mesa,
devidamente servidos com alface!

Vasculham cantos em casa alheia
sob o espectro perverso do terror,
dilaceram mentes por puro rancor,
injectando a desprezível panaceia!

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